Após alguns dias parado, volto a escrever sobre os filmes do Morcegão Pop.
Esse é o...
Batman & Robin (1997)
“Batman
Eternamente” surpreendeu à todos, positivamente pra uns, negativamente pra outros.
Com certeza era um filme com um clima diferente do que Tim Burton propôs nos
dois primeiros filmes, parecia até outra franquia. Os fãs odiaram o clima
infantil e comercial do filme, porém a crítica louvou justamente esses aspectos,
e os chefões da Warner, espertos que só eles, deram carta branca a Schumacher
para fazer o que quisesse neste quarto filme. Pois ele literalmente fez o que quis, e deitou
e rolou com o personagem, tratando de o deixar mais “alegre”
"Batman On Ice" |
Em “Batman
& Robin”, acompanhamos novamente a dupla dinâmica (com George Clooney
substituindo Val Kilmer após várias brigas do ator com Joel Schumacher), que
desta vez deve deter o maligno Sr. Frio (Arnold Schwarzenegger), que resolveu
entrar no mundo do crime enquanto procura uma cura para sua esposa, vítima de
uma doença rara, a Síndrome de MacGregor.
"A Freeeeze is coming." |
“Batman
& Robin” é um exemplo do que a busca cega por lucro pode resultar. O filme
foi encomendado tão rapidamente após “Eternamente” por uma única razão: eles
queriam vender brinquedos. Como explicou Joel Schumacher anos depois: “Em
Batman & Robin, havia realmente um interesse maior do estúdio em tornar a
série mais chamativa às crianças e à família, e... mais fácil de fazer binquedos.”.
Ou seja, a Warner estava cagando e andando para a produção e para os fãs,
apenas interessada em fabricar brinquedos, e isso fica claro no filme nos diferentes
trajes usados pelos heróis e até pelos designs de carros como o do Sr. Frio e o
Batmóvel, que segundo dizem, foram projetados para virar brinquedo antes mesmo
do roteiro ficar pronto.
E por falar
em roteiro... que bela porcaria que foi entregue pelo Sr. Akiva Goldsman
(vencedor do Oscar pelo roteiro de “Uma Mente Brilhante”)! São ideias tão
absurdas que tornam um martírio a experiência de assistir ao filme. O que pensar,
por exemplo, do Bat-Card? Ou do Bat-Fred Flintstone? Ou então, do Sr. Frio e
seu coral cantando a música do stop-motion “O Ano sem Papai Noel”?
Novamente,
como em “Batman Eternamente”, qualquer expectativa sobre a película se vai nas
primeiras linhas de diálogo de um roteiro com mais piadas sem graça do que seu
antecessor.
Vou aqui
redigir as primeiras linhas de diálogo desse brilhante roteiro. Nesta cena, a
dupla dinâmica encontra-se na Bat - caverna com Alfred:
Robin: “Eu
quero um carro. As garotas adoram um carro.”
Batman: “É
por isso que o Super-Homem trabalha sozinho.”
Alfred: “Veja
se consegue trazer este inteiro, patrão.” (Referindo-se ao Batmóvel)
Robin: “Não
me espere, Al.”
Alfred: “Eu
vou cancelar as Pizzas.”
o_O
Contudo, nem
mesmo o público comum conseguiu engolir esse roteiro mongoloide e a direção
capenga deste filme que lembra muito a série cômica dos anos 60, sendo visto
por muitos como uma homenagem à tal. O filme foi um fracasso de público e
crítica e os brinquedos, razão para a existência desta joça, acabaram
encalhando nas prateleiras das lojas do mundo todo (dizem que ainda era
possível encontrar brinquedos baseados no filme à venda nas lojas em 2002, 5
anos depois da estreia do filme). Isso bastou para a Warner, que depois de
tanto prejuízo cancelou a primeira cinessérie de Batman e o contrato de
Schumacher, que já planejava a continuação de sua bomba, que se chamaria “Batman
Triumphant”, que contaria com Nicolas Cage como o vilão Espantalho, que ressuscitaria
o Coringa em uma de suas experiências, e com a vilã Arlequina.
Após vários projetos
que deram com os burros n’água, a Warner finalmente encontrou a solução para
Batman no cinema: um reboot. Mas isso já é assunto para a próxima parte do
ESPECIAL BATMAN.
Trailer de “Batman & Robin”
Direção: Joel Schumacher
Elenco: Arnold Schwarzenegger, George Clooney, Chris O’Donnell,
Uma Thurman, Alicia Silverstone, Jeep Swenson, Pat Hingle, Michael Gough, Elle
MacPherson, John Glover
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