Leia a parte 01
Leia a Parte 02
Leia a Parte 03
Leia a Parte 04
Olá, amiguinhos. Pois bem, volto a escrever sobre os filmes do nosso querido homem-morcego. Eis o nosso:
Leia a Parte 02
Leia a Parte 03
Leia a Parte 04
Olá, amiguinhos. Pois bem, volto a escrever sobre os filmes do nosso querido homem-morcego. Eis o nosso:
Batman
Begins (2005)
No final dos anos 90, a Warner Bros. Finalmente enxergou a
cagada que permitiram fazer com a grande criação do tio Bob Kane: O Batman. A
má repercussão de “Batman & Robin” foi um balde de água fria na cabeça dos
engravatados da WB. Porém, o morcegão já era um personagem pop graças aos
filmes, o filão que, depois dos desenhos, era de onde mais saía lucro. Algo
precisava ser feito, e para isso eles resolveram dar um pé na bunda de Joel
Schumacher, que estava todo animado para começar a trabalhar em “Batman
Triumphant” e resolveram fazer uma aposta arriscada na época, mas que hoje em
tão comum no dicionário nerd, um Reboot. Após várias tentativas frustradas de
levantar o projeto, apenas no fim da primeira metade dos anos 2000 a coisa foi
dar pé, com a contratação de Christopher Nolan, que havia dirigido os ótimos “Amnésia”
e “Insônia”.
Nolan confessou que não era grande fã de quadrinhos, e pra ajuda-lo
a escrever um roteiro valendo para o filme contatou seu amigo David S. Goyer
(antigo colaborador da Full Moon de Charles Band e roteirista dos filmes do
Blade), grande fã de Batman. A ideia dos dois era trazer um Batman mais próximo
do mundo real, mais cru, e assim foi. Pois em 2005, após muita curiosidade dos
fãs e uma grande campanha de marketing em volta, estreou “Batman Begins”.
A trama de “Batman Begins”, diferente dos filmes da série
antecessora, é focada principalmente no lado humano e tem quase cunho psicológico
(algo que tentaram fazer em Batman Eternamente e ficou tosquíssimo). Logo de
início vemos a situação que marca pra sempre a vida do jovem Bruce Wayne:
enquanto brincava com a amiga Rachel Dawes no jardim da Mansão Wayne, Bruce
acaba caindo em um buraco bem profundo, de onde saíram vários morcegos que
acabaram atormentando o pimpolho. Nascia aí a sua fobia pelos morcegos. Após
ficar atormentado por lembranças desse incidente durante uma ópera, Bruce pede
aos pais pra ir embora. Saindo pela porta dos fundos do teatro no beco da
morte, a família Wayne é surpreendida por um assaltante, que acaba matando os
pais de Bruce. O jovem passou a ser criado pelo fiel mordomo da família, Alfred
Pennyworth (Michael Caine, fazendo um desnecessário alívio cômico, algo que foi
corrigido posteriormente). Após testemunhar, anos mais tarde, a morte do
assassino de sua família, Bruce (Christian Bale) resolve sumir do mapa, e passa
a viver como um ladrão necessitado, roubando para sobreviver e tudo mais. Depois
de se meter numa briga em uma prisão sabe-se lá onde, é resgatado de lá por
Ducard (Liam Neeson), que se dispôs a ensiná-lo vários truques.
Agora, Bruce tinha um ideal: fazer justiça e inspirar o medo no
coração dos criminosos. Após negar-se a matar um condenado, Bruce faz o que
julga ser o certo, incendiando o mosteiro do líder da Liga das Sombras, Ra’s Al
Ghul (Ken Watanabe). Após salvar Ducard da morte, Bruce julga estar pronto para
voltar a sua cidade natal, Gotham City, para ajudar na extinção da
criminalidade.
Voltando a Gotham, Bruce reencontra Rachel (a bastante
inexpressiva Katie Holmes), que agora é uma promotora pública e luta para botar
o mafioso Carmine Falcone (Tom Wilkinson), enquanto começa a desconfiar da
honestidade do Dr. Jonathan Crane (Cillian Murphy), que está produzindo o que ele
chama de toxina do medo. Agora com a ajuda de Alfred, de Lucius Fox (Morgan
Freeman,aka Deus), Rachel e do Detetive Gordon (Gary Oldman, aka Sid Vicious,
Pilatos, Sirius), Batman vai tentar pôr ordem na cidade, ajudando a prender os criminosos,
corruptos e ajudar a pôr fim nos planos do Dr. Crane, agora conhecido como o
vilão Espantalho, que quer espalhar sua toxina na cidade inteira. As coisas ficam
mais difíceis quando Ducard, que assume ser o verdadeiro Ra’s, vai a Gotham e
tem planos terríveis para a cidade. Enquanto isso, Bruce Wayne também enfrenta
problemas tentando recuperar a Wayne Enterprises e tirá-la das mãos do
inescrupuloso William Earle (Rutger Hauer... cara, tem o RUTGER HAUER no
filme!).
Visualmente, “Batman Begins” ainda lembra em partes os filmes
dos anos 90 dirigidos por Burton e Schumacher. Gotham City ainda é imensa (e
feita em maquete). É sombria como a de Burton e cheia de prédios como a de
Schumacher, e isso parece ter sido amenizado nos dois filmes posteriores. A
narrativa, entretanto, é inteiramente diferente, primando como disse
anteriormente, por um ar mais realista. Temos um Batman que se machuca, chega
com pontos roxos da porrada e sangra. A escolha do Espantalho como vilão
parecer escancarar mais essa influência dos antigos filmes, porém ele é
retratado aqui de uma forma crua, algo que Joel Schumacher provavelmente não
cogitaria fazer se conseguisse tocar seu projeto Batman Triumphant. Enfim, é um
ótimo filme e foi um ótimo recomeço para o morcegão na telona, o que ajudou a
levantar a moral do personagem novamente.
Após o filme se tornar um grande sucesso e fazer todo mundo
esquecer que os filmes de Tim Burton e Joel Schumacher existiam, a WB ficou
feliz da vida e encomendou logo uma sequencia para Nolan e Goyer. O que veio
anos depois foi o que muitos consideram o filme definitivo de Batman até agora.
Mas isso fica pra parte 06 do ESPECIAL BATMAN.
Trailer de “Batman Begins”
Batman Begins (Eua,2005)
Direção: Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale,
Michael Caine, Gary Oldman, Katie Holmes, Cillian Murphy, Rutger Hauer, Liam
Neeson, Ken Watanabe, Morgan Freeman, Tom Wilkinson
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